Professor substituto: como encarar a turma com segurança?

10 de setembro de 2019


Um dos vínculos mais fortes na rotina escolar é o do aluno com o professor. Apesar das possíveis adversidades que podem surgir nesta relação ao longo do ano, ainda assim sempre haverá uma ligação única de conforto e confiança entre mestre e aprendiz que é construída diariamente, pouco a pouco. Justamente por isso, quando um professor substituto precisa assumir a sala, o desafio pode acabar se convertendo num tormento se não houver preparo prévio.

Tal desafio não significa que o professor substituto não é capaz ou não saiba liderar a sala de aula, porque já é esperado que os alunos testem o limite e a paciência de uma autoridade até então desconhecida. É neste momento que o professor deve ter pulso firme e muito preparo para manter a sala entretida e em sintonia.

Improviso

A questão inevitável do improviso é outro fator que pode complicar a vida do professor substituto. É fato que o docente titular da sala já mantém um ritmo de aprendizado e uma linha lógica de ensino com os alunos. Assim, questões como “como vou continuar a programação de aulas se meu conhecimento é diferente do professor titular?” ou “como vou dar essa aula se o docente principal não anotou a programação no diário?” são comuns para quem se vê substituindo uma sala de uma hora para outra. 

Foi pensando nessas e outras várias dúvidas e medos que podem surgir na cabeça do professor substituto, que a Editora do Brasil selecionou algumas dicas para que você tire a aula de letra e cative os alunos. Confira!

Quais as melhores estratégias para o professor substituto

1. Mantenha a calma para ter tudo sob controle

É muito difícil o professor substituto não ter sua autoridade questionada e testada por alguns alunos. Nestes momentos, é importante manter sempre a calma, não gritar e focar na melhor forma de resolver o conflito no momento. 

Muitos professores optam por não se pronunciar diante a indisciplina, o que fará com que episódios semelhantes aconteçam novamente. Perder a paciência e ameaçar alunos com advertências também não trará muitos resultados positivos, pois você cria um padrão de comportamento que não pode cumprir sempre.

Em casos de extrema indisciplina, busque sempre dialogar em particular com o estudante em questão. O ideal é compreender que você detém a autoridade e a responsabilidade de criar um relacionamento produtivo com os alunos.

2. Busque sempre o diálogo

Você não terá o mesmo tempo do professor titular para conhecer os alunos. Isso não significa, entretanto, que você não deva conhecer nada deles. Tente reservar algum momento, principalmente no começo da aula, para conversar com os estudantes e estabelecer um diálogo. Isso é bom para que os alunos se sintam confortáveis, evitando possíveis desgastes, além de fornecer uma visão de como e o que abordar em sala de aula de acordo com o andamento da turma.

3. Prepare-se (tanto quanto possível dentro do prazo)

Nem sempre o professor substituto será informado com tempo hábil para se preparar, e o nervosismo antes de assumir uma turma nova é comum. Por isso mesmo, se o seu regime de trabalho abrange substituições que podem aparecer de maneira abrupta, tente se organizar previamente o máximo possível. Tenha sempre à mão aulas prontas para diversos anos e faixas etárias. Elas funcionarão como cartas na manga: se você é professor do sexto ano de Geografia, por exemplo, é muito útil que sempre mantenha algum material básico para turmas do sétimo ao nono ano com garantia em caso de substituição. Tente ainda levar para a aula alguma atividade extra, para o caso das atividades previstas se encerrarem antes do tempo.

4. Demonstre preocupação e exija atenção

Exigir atenção é a base para que as outras dicas sejam efetivas. A conversa em sala de aula sempre vai ocorrer, então demonstre atenção e preocupação com os alunos, solicitando que os mesmos permaneçam focados nas atividades propostas. É preciso, entretanto, controlar essas “conversas paralelas” de forma dosada: a interação entre alunos sobre o tema da aula, por exemplo, é prova de que os jovens já estão se dedicando. Exigir silêncio absoluto numa situação dessas pode até mesmo desmotivar os estudantes. Reparar, então, no teor das conversas da classe é importante para saber a receptividade da turma.