O que é e como trabalhar com a robótica educacional?

21 de agosto de 2019


Existem diversas formas de fazer crianças e o jovens desenvolverem raciocínio lógico, espírito de equipe e criatividade, além dos projetos que podem ser criados nas disciplinas regulares. Esta é a proposta que a robótica educacional defende: a união de vários conceitos importantes para a formação social do aluno por meio de atividades que complementam o currículo escolar.

Normalmente, esses conceitos de coletividade e lógica são trabalhados, na robótica para crianças, durante a produção de algum protótipo. Isto é, um experimento, tanto teórico quanto prático, desenvolvido pelos alunos em parceria com o professor. Este, ao propor um problema a ser resolvido, guia os alunos em equipes até que o produto final esteja pronto. 

 

O que se pode aprender com a robótica educacional?

O estudo da robótica educacional é, de fato, básico e simplificado para as crianças. O foco não é criar grandes invenções revolucionárias (por mais que nunca devemos duvidar da capacidade inventiva dos alunos), mas fazê-los olharem para os produtos tecnológicos com outros olhos, indo além do “consumo pelo consumo”, vendo o que há por trás de toda tecnologia que faz parte do nosso dia a dia, deixando de ser, assim, apenas consumidores passivos.

Além disso, listamos outros motivos pelos quais a robótica educacional é importante para auxiliar no aprendizado do aluno.

  • Raciocínio lógico

Protótipos normalmente funcionam com comandos básicos de ação e reação. É preciso “ensinar” o pequeno robô a responder a determinados estímulos. Dessa forma, o raciocínio lógico dos alunos é aguçado justamente com esse questionamento – ou seja, “qual a melhor forma de dar comandos para meu protótipo responder da forma que eu quero?”. Isso faz com que a robótica para crianças estimule formas diferentes de resolução de problemas, até mesmo em outras disciplinas.

  • Criatividade

É preciso que os alunos trabalhem sua criatividade na construção de um protótipo. A ideia é que o professor (ou as próprias crianças) identifique um problema – social, na escola, na sala de aula – e proponham ideias para resolvê-lo. 

  • Senso de Organização

Tudo na tecnologia deve seguir uma ordem predeterminada. Não há atalhos ou degraus para pular, e sim  uma ordem e hierarquia que os alunos devem aprender a respeitar se quiserem concluir seus projetos. Não adianta desenvolver toda a carcaça de um robô, por exemplo, sem saber se todos os circuitos caberão na parte interna. É inegável, então, que os alunos que praticam a robótica educacional desenvolvem um senso de organização e paciência extremamente importantes para as outras disciplinas. 

  • Desenvolvimento de habilidades interdisciplinares

As habilidades desenvolvidas na robótica educacional também se atrelam diretamente às demais disciplinas. Além de estimular a criatividade, a organização e o raciocínio lógico, a tecnologia na escola também oferece links com as áreas de física, matemática, biologia, eletrônica, engenharia, etc. A depender do problema proposto pelo professor, também é possível aproximar o projeto de temas sociais, usando matérias como sociologia, filosofia e outras.

  • Espírito de equipe

Nem todos os alunos vão tirar de letra todas as etapas da robótica educacional. Alguns se apresentarão melhores no acabamento, outros na programação, outros nos circuitos internos. Por isso, é extremamente importante que o trabalho em equipe seja incentivado. Num projeto como esse, dificilmente alguém fará tudo e “colocará o nome dos colegas”. Todos participarão e contribuirão de alguma forma, criando um verdadeiro espírito de equipe.

 

Como aplicar a robótica educacional na minha escola?

Existem, hoje, diversas escolas que aplicam a robótica educacional no currículo dos alunos. Porém,  ainda é comum encontrá-la como atividade extracurricular, ou como um projeto interdisciplinar que abarca as disciplinas de exatas, como física e matemática.

Entretanto, ainda é maioria o caso de escolas que não comportam a robótica para crianças e jovens em seus currículos. Principalmente as públicas. Isso, porém, não é motivo para desânimo! Existem diversos cursos e escolas particulares que oferecem parcerias com a rede pública. Universidades também realizam projetos similares, como a Iniciativa Computação na Escola, desenvolvida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que leva robótica de modo totalmente gratuito a alunos que não teriam acesso. 

Vale, então, a conversa com a gestão escolar e a busca por parcerias e patrocínios a fim de aplicar a robótica educacional, revolucionando o aprendizado dos alunos.

 

Fontes:

https://www.happycodeschool.com/blog/robotica-para-criancas/

https://escolasexponenciais.com.br/tendencias-e-metricas/robotica-para-criancas-por-que-ensinar/