Entrevista com Penélope Martins – Autora de “Minha vida não é cor-de-rosa”
31 de julho de 2020
Entrevista com Penélope Martins – Autora da obra “Minha vida não é cor-de-rosa”, aprovada no PNLD Literário 2020
— Minha vida não é cor-de-rosa abrange, no âmbito do PNLD, a pauta sobre “Conflitos na Adolescência”. Como a discussão do livro em sala ajuda os professores no tratamento sobre a questão?
— Minha vida não é cor-de-rosa é um livro sobre crescer, tornar-se uma pessoa autônoma no mundo e compreender o desafio de superar as dores e os conflitos mantendo alegria, esperança, solidariedade. Uma discussão sobre o livro em sala de aula aproxima adultos de jovens em questões que são humanas, comuns a todos nós. A discussão de uma leitura que aborda temas complicados sem deixar a leveza de lado também é uma excelente alternativa para que os jovens conversem por intermédio da vida da personagem, expondo suas opiniões e seus sentimentos.
— Além de em Literatura, a obra também pode ser utilizada pelo professor em estudos sociológicos e em História. Em quais discussões dentro e fora de sala a atividade da leitura pode ser proposta?
— A narrativa literária de Minha vida não é cor-de-rosa carrega uma reflexão profunda sobre o direito à igualdade, abordando diretamente a questão da banalização da violência contra mulheres, crianças e jovens. Tratar do assunto trilhando um caminho de percepção da realidade pressupõe um entendimento histórico e sociológico sobre o tema, inclusive porque a protagonista tem um discurso afirmativo dos direitos fundamentais, da proteção da vida, o que é fruto de evolução histórica e transformação social.
— Como a personagem Olívia estaria passando pela pandemia? Buscando a igualdade, discutindo arte e direitos?
— Olívia é uma garota interessada em conhecimento. Certamente ela estaria lendo bons livros, escutando música, assistindo a algumas séries, claro, e dançando na sala para manter a saúde em dia. O mais importante é que Olívia, na pandemia, estaria sendo Olívia, disposta a ajudar as pessoas, compartilhando suas descobertas e articulando amigos para campanhas solidárias. Olívia tem uma inquietação bonita; ela é uma jovem que pensa o mundo e quer fazer tudo de bom que conseguir para tornar a vida de todos melhor.